quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Um ano de muito trabalho

O ano de estágio pedagógico para os futuros docentes de 3º ciclo e secundário é, sem dúvida, um ano muito trabalhoso. Independentemente das trabalhos definidos pelas Universidades e pelos orientadores científico e pedagógico, a verdade é que, acima de tudo, é o ano em que se estabelece, na maioria dos casos, o primeiro contacto entre os estagiários e a escola.
São solicitados planos de aula sem que os estagiários saibam, na maioria dos casos, os pré-requisitos adquiridos pelos alunos nos níveis escolares anteriores. São solicitadas preparações de aula sem que os estagiários tenham decifrado os melhores caminhos para transmitir as mensagens que querem transmitir aos seus alunos. São solicitadas actividades extra-curriculares sem que os estagiários conheçam as necessidades da escola em que se encontram e dos respestivos docentes e discentes.
Uma imensidão de trabalhos que, sendo trabalhosos para professores no activo, são muito complicados para os estagiários. Por isso os estagiários sentem que trabalham demasiado.
E você?
Sente hoje que trabalhou demasiado no seu ano de estágio?
Mais do que o necessário?
Mais do que o aceitável?
E quem o ajudou a ultrapassar as maiores dificuldades?
Talvez você também possa agora ajudar os estagiários da sua escola a ultrapassar as suas principais dificuldades...
Para reflectirmos...

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Diferentes licenciaturas ... diferentes estágios!

O estágio pedagógico realizado pelos estudantes das licenciaturas em ensino que os habilitam a leccionar no 3º ciclo e ensino secundário são coordenados pelos departamentos responsáveis pelas respectivas licenciaturas. Assim, o departamento de matemática coordena o estágio em ensino da matemática, o departamento de educação física e desporto coordena o estágio em ensino de educação física, os departamentos de física e química coordenam o estágio em ensino da química (que incorpora o ensino da física porque as disciplinas estão anexadas nos ensinos básico e secundário) ... E estes são apenas alguns exemplos. Devido à dispersão de coordenações, a experiência do próprio estágio pedagógico é completamente diferente para os futuros professores das diferentes áreas curriculares. Em algumas, existe uma perfeita coordenação e trabalho conjunto entre a universidade e a escola onde os estagiários leccionam, em outros, o orientador da universidade quase não vai à escola. Em alguns, o orientador científico tem contactos frequentes com os estagiários e os orientadores pedagógicos, em outros, eles só se encontram nas aulas assistidas para avaliação dos segundos pelos primeiros. Em alguns estágios, há uma definição da quantidade e tipo de tarefas a realizar pelos estagiários, em outros, cada núcleo decide por si.
Se estivermos falando de licenciaturas disponibilizadas por uma mesma universidade, como se justifica esta falta de uniformidade? E como se pode colmatá-la? Formando uma comissão transversal? Fomentando a colaboração dos diferentes coordenadores de estágio? Traçando linhas orientadoras gerais?
Mas ... será desejável essa uniformidade?
Deixo aqui as questões para minha e vossa reflexão.
Bom trabalho a todos!